Paulo Rodrigues Ferreira, português a residir na Carolina do Norte (Estados Unidos da América), é o vencedor da 4.ª edição do Prémio Imprensa Nacional/Ferreira de Castro, atribuído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda em parceria com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, no âmbito da ação cultural junto das comunidades portuguesas.

Ninguém volta ao que deixou é a obra galardoada da 4.ª edição deste prémio dirigido a portugueses residentes no estrangeiro e a lusodescendentes.

A obra, do domínio da prosa (romance), foi selecionada de entre mais de sessenta candidaturas provenientes dos seguintes países: Brasil, Alemanha, Luxemburgo, Estados Unidos da América, Bulgária, China (Macau), França, África do Sul, Canadá, Irlanda, Bélgica, Angola, Guiné-Bissau e Espanha. Este é um resultado que representa uma sólida adesão e interesse neste galardão, expressos não só nos números, mas também na qualidade dos trabalhos rececionados.

Na edição deste ano, o júri foi composto por Luís Filipe de Castro Mendes (que o presidiu), pela editora-chefe da Imprensa Nacional, Paula Mendes, e pela professora Martina Matozzi, da Universidade de Coimbra.

A propósito de Ninguém volta ao que deixou, o júri disse tratar-se de «uma narrativa que mantém a tensão da escrita da primeira à última página» e que é «coerente na sua atitude e considera, com um olhar original e uma voz cativante, o contemporâneo».

Paulo Rodrigues Ferreira, que concorreu ao prémio com o pseudónimo Penélope Rodrigues, nasceu em 1984, em Torres Vedras. Doutorou-se em História Contemporânea com uma tese intitulada «Iberismos, Hispanismos e os seus Contrários: Portugal e Espanha (1908-1931)», onde se debruçou sobre as relações intelectuais e culturais entre Portugal e Espanha e analisou os diferentes conceitos de iberismo. Paulo Rodrigues Ferreira é atualmente leitor de português na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, onde ensina Língua e Literatura Lusófona. Antes de se mudar para a Carolina do Norte, ensinou português no Queens College e no Bronx Community College, em Nova Iorque. Publicou Uso Errado da Vida (Companhia das Ilhas, 2019). Foi finalista do Prémio Fundação Eça de Queiroz.

Além dos 5000 € (cinco mil euros) do valor pecuniário do prémio, Paulo Rodrigues Ferreira deverá ver, ainda este ano, a publicação do seu trabalho pela editora pública portuguesa, a Imprensa Nacional.

Aceda aqui ao artigo completo conforme publicado pela Imprensa Nacional.

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